Sou aquela que não gosta de filme romântico, más faz o seu próprio filme, com os seus personagens livres e de verdade. Sou protagonista de uma vida que decide quem vai permanecer no enredo ou vai morrer, sou menina, sou mulher, sou mocinha e também bandido. Sou a objetiva de uma câmera que entra e sai luz dependendo da opção de quem a carrega, sou enquadramentos diversos, grande, médio e pequeno plano na composição de uma perspectiva perfeita ou de um olhar desfocado, depende de como me vê e de que ângulo me vê.
Sou feita de palavras de um roteiro infinito e inacabado, más como pode tudo em uma coisa só? Sou aquela música que encanta o teu dia leve e capaz de trazer paz ou aquela que faz uma trilha sonora pesada compondo o vídeo com o tom sombrio e trágico. Sou as divisões de uma tela em janelas e artes gráficas que encantam ou atrapalham.
Ou seja, sou aquela que faz a sua própria história que se faz revelar individualmente, quem assiste é que será capaz de interpretar, só não me rotule, pois não sou feita de palavras, porque palavras podem limitar o que não é limitado, a sua liberdade de pensar, interpretar como sou e a MINHA LIBERDADE de ser o que sou.